A Escola do Legislativo e a Comissão Permanente de Promoção da Igualdade Racial

Ato Solene de instituição da Comissão Permanente de Promoção à Igualdade Racial

Em minha fala na cerimônia de posse, no último dia 15 de maio, eu, Coordenador Ritchele Luis Vergara da Fontoura citei Ailton Krenak, importante indigenista, que afirma que “o futuro é ancestral e a humanidade precisa aprender com ele a pisar suavemente na terra”. Além disso, trouxe a ideia do atual Ministro dos Direitos Humanos, Dr. Silvio Almeida, em que explica que o racismo estrutural refere-

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se a um sistema de desigualdade racial que está enraizado nas estruturas e instituições sociais.

Diferentemente do racismo individual, que se manifesta por meio de atitudes e ações discriminatórias de indivíduos, o racismo estrutural é um fenômeno mais amplo e abrange as normas, políticas e práticas que perpetuam a desigualdade racial. No mercado de trabalho, por exemplo, o racismo estrutural se manifesta na forma de discriminação no recrutamento, promoção e salários. Negros e indígenas enfrentam obstáculos adicionais na obtenção de emprego e muitas vezes são sub-representados em cargos de liderança.

Trata-se aqui da participação da Escola do Legislativo Julieta Battistioli na construção e concepção da Comissão Permanente de Promoção da Igualdade Racial através da minha coordenação, com apoio e suporte de meus colegas servidores da Escola. A C

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omissão busca deixar claro, “escuro e colorido, também”, que sua

missão consiste em resgatar o legado de quem veio antes, de quem constrói o novembro negro e o julho das pretas há anos na Câmara.

Com o slogan “empretecer o pensamento por um novo nascimento: nada menos que respeito, igualdade e compromisso”, é possível inferir que a comissão busca criar um aumento da igualdade material, deixando, assim, um legado de respeito a todos, objetivando, desta forma, o combate ao racismo, com compromisso para com gerações futuras.

Com o exposto, justifica-se a minha disposição para tal comissão, pois ela coaduna com os princípios da Escola e também de uma Administração Pública humanizada. Restando, assim, evidente a importância desta Comissão para a Escola, bem como para esta Casa.