Escola do Legislativo e ILEA discutem territórios negros em Porto Alegre

A Escola do Legislativo Julieta Battistioli participou nesta quinta-feira, 22/09, no auditório do Instituto Latino Americano de Estudos Avançados (ILEA), do ciclo de palestras em comemoração aos 250 anos de Porto Alegre. A formação do Núcleo de Pesquisa Antirracismo da Faculdade de Direito da UFRGS foi o assunto principal do terceiro encontro do ciclo de conferências.

Lúcio Almeida, diretor da Escola, professor de Direito na UFRGS e coordenador do Núcleo de Pesquisa Antirracista da Faculdade de Direito; Claudia Luisa Zeferino Pires, professora de Geografia e Iosvaldyr Carvalho Bittencourt Jr, professor de Antropologia, foram os convidados para a mesa. Além disso, os territórios negros em Porto Alegre e educação em comunidades remanescentes de quilombos foram discutidas.

Lúcio Almeida contou a história de criação do Núcleo de Pesquisa Antirracista da Faculdade de Direito da UFRGS. Foto: Fabiane Santos

O professor Iosvaldyr falou sobre a territorialidade, identidade e cidadania do negro no Brasil. A periferização das comunidades negras e suas implicações no uso dos espaços urbanos, mais comuns à burguesia. A forma como os negros se apropriaram culturalmente destes espaços ao longo dos anos também foi trazida pelo professor. A professora Cláudia falou sobre o projeto do Núcleo de Estudos Geografia e Ambiente (NEGA) sobre a geografia dos territórios quilombolas através do trabalho Atlas da Presença Quilombola em Porto Alegre. Abordou também a relevância da capital gaúcha para as comunidades quilombolas, tendo o primeiro território quilombola reconhecido e titulado no país, a Terra Quilombola Família Silva. Também abordou os valores civilizatórios afro-brasileiros que estão vinculados aos territórios quilombolas.

O diretor da Escola e coordenador do Núcleo de Pesquisa Antirracista , Lúcio Almeida, falou sobre a importância do projeto do Núcleo de Pesquisa Antirracismo da Faculdade de Direito para dar impulso às discussões sobre o racismo no Brasil. Para ele, o racismo precisa ser debatido e estudado dentro das universidades, visando sempre a produção de pesquisas científicas. A palestra acompanha a exposição de mesmo nome, que ficará exposta na Galeria do ILEA durante duas semanas.