Escola do Legislativo disponibiliza seu Relatório Anual

Abertura da Semana do Servidor na Câmara Municipal de Porto Alegre

A Escola do Legislativo Julieta Battistioli lança no dia de hoje (20/12) o seu Relatório Anual. Com 80 páginas, o documento registra as atividades da Escola durante o ano de 2022.

Criada em 13 de setembro de 2007 pela Câmara Municipal de Porto Alegre com o objetivo de formar e capacitar agentes políticos, servidores e público em geral para as atividades do poder legislativo através de cursos, palestras e atividades culturais, em seus quinze anos de existência, a Escola não se restringiu à formação e a educação continuada dos servidores, mas produziu e divulgou conhecimento sobre o legislativo, disponibilizando-o a todos os cidadãos. Em 2020 e 2021 as atividades da Escola do Legislativo foram paralisadas em função da pandemia do coronavírus, tendo sido realizadas ações no formato live. O ano de 2022 marca a retomada gradual das atividades da Escola do Legislativo. Segundo o Relatório, no primeiro semestre as atividades foram inicialmente no formato de live, passando a ser desenvolvidas diversas atividades no formato presencial no segundo semestre em função da redução da pandemia. No mesmo período, sua sala de aula própria com 50 lugares passou por reforma, com aquisição de 4 novos computadores para uso de alunos. Entretanto, o Relatório aponta que desde o ano de 2019 a Escola sofreu redução no número de funcionários em 50%, tendo passado de 4 para 2 servidores efetivos. A pesar das dificuldades de recursos humanos, segundo o Relatório a produção no ano de 2022 foi intensa e diversificada, conforme análise de dados a seguir.

O relatório conta com 8 tabelas elaboradas para demonstrar a produtividade da ELJB no ano de 2022 disponibilizadas em seu Anexo. A ELJB produziu, conforme a Tabela 1, no ano de 2022, 78 eventos em 11 categorias que atingiram, direta e indiretamente, 1.581 pessoas num total de 198 horas de programação. A análise da natureza dos eventos permite delinear claramente o perfil da produção da ELJB. Conforme a Tabela 2, a categoria “palestras” foi líder, com 21 atividades (26,88% do total) seguida da categoria “divulgação”, com 16 atividades (20,48%), que envolveu ações de contato com escolas e entidades visando a retomada dos projetos da Escola reduzidos pela pandemia. A terceira categoria, “organização”, envolveu o desenvolvimento de ações com instituições parceiras para a criação de programação original em 13 atividades (16,64%). É importante, entretanto, lembrar que a categoria “lives”, com 11 iniciativas (14,8%) é herança da metodologia de trabalho do período pandêmico e está incluída nas iniciativas da Escola, conforme a Tabela 2.

Dentro da suas atividades, merece destaque a adoção de uma nova categoria de produção na grade de trabalho da ELJB denominada “manifestos”. Ele inclui a manifestação pública da Escola do Legislativo sobre temas de interesse da Câmara, da Escola e da Sociedade em cartas divulgadas em seu site para a população. Essa iniciativa deve-se a vocação pedagógica da Escola, seu contato com a sociedade e seu acompanhamento dos principais fatos que acontecem na Câmara e na Sociedade. Foram ao todo 4 manifestos públicos da Escola do Legislativo, desde as condolências pela morte de Sérgio da Costa Franco, historiador com que a Escola teve contato por ocasião de sua publicação on line Agenda da Câmara, até pelo falecimento do vereador Mauro Zacher, cuja trajetória foi marcada pela defesa da educação. Também mereceram Manifestos os acontecimentos conflituosos envolvendo a política no período eleitoral, o que resultou num documento em defesa da paz, e finalmente, o manifesto da Escola pela passagem do Dia do Servidor Público.

Considerando o tipo de público dos eventos da Escola, o público externo, constituído pela população que aflui a CMPA e o público interno, os servidores visados diretamente pela Escola, conforme dados da Tabela 5 vemos que foram dedicados 16 ações para o público interno (20,48%) e 62 ações para o público externo (79,36%). Essa proporção não parece ser ideal, afinal, trata-se de um patamar desproporcional aos públicos e aos fins da Escola. Entretanto, o Relatório afirma que é preciso avaliar a distorção com cuidado. Primeiro quanto a quantidade efetiva de horas-atividades destinada ao público atingido pelas ações. Segundo o Relatório, podemos constatar pela Tabela 6 que o público interno, ainda que tenha recebido menos ações, foi beneficiado por cerca de 84 horas de programação (42,4%) enquanto que o público externo foi beneficiado com 114 horas de programação (57,6%), o que relativiza bastante a proporção de horas atividade, que passa ser bem menor. Ainda que com menos atividades, o tempo de atividade entre ambos públicos foi relativamente proporcional entre eles. Isso é importante.

A Tabela 3 mostra que a maior parte do público atingido pela Escola do Legislativo veio da categoria “palestras” que totalizou 601 pessoas atingidas (36,06%). Somando-se a realização das palestras os cursos, ambas atividades foram responsáveis pela ELJB ter atingido 738 pessoas diretamente em apenas duas categorias (perfazendo juntas 44,32% do público). Ainda que possam ser consideradas um subformato, as lives representaram cerca de apenas 7,26%, mas foram consideradas a parte pois trata-se de um formato adquirido com a pandemia. Se somados, elevaria o número de público para 859 pessoas, o que corresponde a mais de 50% do público total. De maneira geral, o público amplo das atividades da ELJB teve sua concentração no segundo semestre. Segundo a Tabela 7, nos meses de agosto e novembro foram realizados 32 eventos que resultaram em cerca de 728 pessoas beneficiadas quando comparadas as 18 do mês de janeiro. Isso aconteceu porque houve atividades de programação e divulgação intensas, o que não acontecia nos anos anteriores. Elas ocorreram para a retomada das atividades da Escola. E, no segundo semestre, a Escola ficou responsável pela organização da participação da Câmara na Feira do Livro. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre tivemos cerca de 362 pessoas atingidas contra 1219 pessoas do segundo semestre. Para Jorge  Barcellos, Coordenador de Cursos da Escola do Legislativo, “a formação de publico externo é parte da política de acesso ao legislativo, responde pela função educativa e historiadora do parlamento e é essencial para a valorização social da Câmara. Estamos orgulhosos de poder ampliar essa função com sucesso”, afirma o servidor.

Baixe aqui o RELATÓRIO ANUAL 2022 (1)

 

Escola do Legislativo prestigia formatura de alunos do PTE/PMPA

Formatura . A esquerda, formandos e a direita, público convidado.

Na última quinta-feira, a Escola do Legislativo participou da cerimônia de formatura de 36 alunos do Programa de Trabalho Educativo da Rede Municipal de Ensino da Secretaria Municipal da Educação da Prefeitura de Porto Alegre.

A cerimônia foi realizada no CMET Paulo Freire e organizada pela coordenadora do PTE,  Cristiane Chagas, contando com a presença de representantes da Secretaria de Educação e do Ministério Público do Trabalho.  A cerimônia, que contou com amplo público, teve abertura realizada pelo coordenador de Cursos da Escola do Legislativo, Jorge Barcellos.

Em seu discurso, o servidor agradeceu o empenho das demais entidades no apoio ao PTE/PMPA, que apontou como um dos projetos mais importantes daquela secretaria  “A importância da formatura, para os alunos e suas famílias, é um grande passo para seu crescimento individual e reconhecimento do seu valor pela sociedade.

As equipes de professoras envolvidas é de alta competência, e as habilidades conquistadas podem ser vistas no trabalho dos estagiários do programa na CMPA”, disse o servidor.  Cristiane Chagas agradeceu a participação da Câmara de Vereadores, que reconheceu como um dos parceiros importantes durante o ano “Fizemos várias atividades inclusive na área de saúde que não teriam sido possíveis sem a participação da Câmara”, disse.

Mesa de convidados da formatura.
Coordenador de Cursos palestra para alunos

 

Debate sobre filme enfatiza a necessidade de valorização do patrimônio histórico da cidade

Câmara faz exibição do documentário “Porto Alegre, 250 anos: memórias do trabalho”, dirigido por Ana Luiza Carvalho da Rocha e Cornélia Eckert.

No dia de hoje a Escola do Legislativo Julieta Battistioli realizou a primeira projeção do filme “Porto Alegre, 250 anos: histórias do trabalho”. Dirigido por Cornélia Eckert e Ana  Luiza Carvalho da Rocha, a projeção contou com a presença dos pesquisadores do Banco de Imagens e Efeitos Visuais da UFRGS. Estimado em 20 pessoas, entre alunos e pesquisadores, o filme ao final recebeu aplausos de todos os presentes.

O documentário trata da história de Porto Alegre combinando imagens dos acervos do Museu Joaquim José Felizardo, imagens contemporâneas e depoimentos resgatados do acervo do BIEV e que ainda não haviam sido utilizados.

Após a projeção, os presentes debateram sobre as condições da produção audiovisual no municipio, destacando a necessidade de investimento da Prefeitura de Porto Alegre, através da Coordenação de Cinema, em projetos similares. Também criticaram o modelo de desenvolvimento da cidade que, no seu entender, termina por destruir monumentos, prédios históricos e formas de sociabilidade da cidade resgatadas pela pesquisa etnográfica.

Para Cornélia Eckert este tipo de produção necessita investimento público e na organização de acervos. Desenvolvido com alunos da UFRGS, os documentários dependem de equipamentos, técnicos e também acervos  “Temos excelentes documentos no Museu Joaquim Felizardo, mas outros, como o Museu do Trabalho, que comemora aniversário hoje, necessitam de mais investimentos”.

Ana Luiza Carvalho da Rocha destacou a importância de documentários deste gênero valorizarem a presença do negro  “É preciso um trabalho exaustivo para apontar a presença do negro porque os registros sofreram muitas vezes um processo de branqueamento”.

Para Lúcio Almeida, Diretor da Escola, é importante resgatar o compromisso da Universidade com os povos de matriz africana , e isso pode ser feito pelos documentários”, disse.

Para Jorge Barcellos, organizador do evento, o BIEV deve se reconhecer como um ator político pois com sua produção audiovisual sobre a cidade, adquiriu um notável conhecimento sobre a evolução urbana e, por isso, deve intervir no debate público “A cidade está passando por inúmeras transformações e o BIEV possui uma visão da cidade que poucos tem. Devem posicionar-se e lançar manifestos em defesa da memória e do patrimônio da capital frente ao novo modelo de desenvolvimento da cidade. O patrimônio histórico precisa ser preservado , assinalou”.

Após, os diretores agradeceram o empenho da Escola na divulgação do documentário, a quem cederam uma copia que passa a ser integrante do projeto Cinema na Escola, podendo sessões serem agendadas pelos telefones 32204374 ou pelo email escola.camarapoa.rs.gov.br

 

Escola do Legislativo recebe notável doação de documentários

Da esquerda para a direita, Jorge Barcellos, da Escola do Legislativo e Ana Luiza Carvalho da Rocha e Victoria Costa (UFPa), integrantes do NIEV.

A Escola do Legislativo Julieta Battistioli recebeu no dia de hoje (6/12), a doação de 6 exemplares de livros e 17 videos do acervo do Banco de Imagens e efeitos visuais (BIEV) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A doação foi feita pela coordenadora do BIEV, a professora Ana Luiza Carvalho da Rocha e visa contribuir com a ação educativa da Casa. A iniciativa ocorre pela realização estréia do  videodocumentário  Porto Alegre, 250 anos, a ser realizado na próxima quinta-feira, na Sala de Aula da Escola do Legislativo.

O acervo de videos inclui produções originais sobre antropologia urbana de Porto Alegre, em especial os documentários A tradição do Bará do Mercado e Cidade Sitiada  ” O acervo doado visa a divulgação da história e da pesquisa sobre Porto Alegre. Já estava disponível em nosso site. Ficamos felizes com a parceria da Escola do Legislativo em sua divulgação”, diz a coordenadora do projeto Ana Luiza Carvalho da Rocha.

Para Jorge Barcellos, o acervo é notável e merece divulgação da Casa  “Já colaborei na organização do acervo de videos documentários  do Memorial e fico feliz em fazer o mesmo pela Escola do Legislativo. O viés antropológico  da cidade oferece o sabor da narrativa dos viajantes, entre outros depoimentos. E isso faz qualquer um que veja os documentários gostar mais ainda da cidade”.

Segundo Barcellos, escolas e entidades poderão solicitar a realização de sessões dos videos dentro do projeto Cinema na Escola, gratuitamente. Além dos videos, a Escola do Legislativo recebeu doações de importantes contribuições de pesquisa antropológica, que passam a fazer parte de sua biblioteca.

Relação dos itens do acervo doados

VIDEOS

DVD Interativo Etnografias do trabalho: saberes e fazeres

Coleção Narradores Urbanos: antropologia urbana e etnografia nas cidades Brasileiras Coleção com depoimentos de Teresa Caldeira, Ruben Oliven, J. Guilherme Magnanin, Antonio Arantes, Hleio Silva, Alba Zaluar

Nhandé va’e kue meme’i – os seres da mata e sua vida como pessoas. Documentário cultural material dos coletivos indígenas na Bacia Hidrografica do Lago Guaiba – Porto Alegre

A tradição do Bará do Mercado. Integrante do projeto Caminhos Invisívei sdo Negro em Porto Alegre

Arqueologias Urbanas – Memórias do Mundo – Vencedor do Prêmio Pierre Verger de Melhor Filme Etnográfico

Os Cantos da Praça. Integrante do projeto Estudo Antropológico do Itinerário Urbano, Memoria Coletiva e Formas de Sociabilidade no Mundo Contemporâneo

Cidade Sitiada –   Integrante do projeto Estudo Antropológico do Itinerário Urbano, Memoria Coletiva e Formas de Sociabilidade no Mundo Contemporâneo

Do Concreto ao Pó – Integrante do projeto Estudo Antropológico do Itinerário Urbano, Memoria Coletiva e Formas de Sociabilidade no Mundo Contemporâneo

Lugar de Trabalhar, Lugar de habitar – Documentário integrante do projeto  de Pesquisa As formas de Ocupação do Bairro Navegantes

Mestre Borel  e a ancestralidade negra em Porto Alegre – Documentário financiado pelo Fumproarte

No Mercado tem tudo que a boca come: crônicas etnográficas

O Fim da Praça, o fim do Campo> Projeto de etnografia sonora e visual da Praça Diamantina na Vila Santa Isabel, em Viamão.

LIVROS

Ana Luiza Carvalho Rocha e Cornélia Eckert. Etnografia da duração

____. Antropologia da e na cidade.

____. Etnografias do trabalho e narrativas do tempo

Revista Horizontes Antropolóticos  38 Saberes e fazeres

Revista Horizontes Antropológicos, 33  Antropologia e Estilos de vida

Revista Horizontes Antropológicos 35 Ciência, Poder e Ética

 

Qualificação sobre Avaliação do Estágio Probatório é tema de curso

 

O Serviço de Recursos Humanos (SRH), em parceria com a Escola do Legislativo da Câmara Municipal, promove no próximo dia 7 de dezembro, às 9h, o Curso “Capacitação para Avaliação do Estágio Probatório”. Segundo Jaderson Borgelt, Chefe do SRH,  a avaliação de estágio probatório é a ferramenta de gestão que permite verificar se o novo servidor está apto para adquirir a estabilidade em seu cargo efetivo, conforme previsto no § 4º do art. 41 da Constituição da República, com a redação que lhe foi dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998.

Segundo ele “nos primeiros três anos de efetivo exercício, os servidores são avaliados em requisitos relacionados a assiduidade, disciplina, eficiência e idoneidade moral. A Resolução de Mesa nº 454, de 10/12/12 traz as regras e procedimentos para o acompanhamento do desempenho dos servidores em estágio probatório, com foco na desburocratização do processo avaliativo e na definição de critérios objetivos para a aprovação.” Organizado pela servidora  Giovana Rigo, do SRH, o curso tem duração de 3 horas-aula e é destinado à chefias e servidores em estágio probatório.

A novidade, segundo a equipe, é que com o advento do processo eletrônico, foi implementada a realização da avaliação de forma virtual, utilizando o SEI – Sistema Eletrônico de Informações, o que agiliza e simplifica o procedimento. O curso visa os novos servidores que entraram na Câmara neste ano por concurso, que por força de lei são submetidos a avaliação do Estágio Probatório para fins de estabilidade, e o curso visa apresentar a nova sistemática de avaliação.  Para Jorge Barcellos, da Escola do Legislativo “o curso é uma inovação e que merece ser valorizada. Esperamos incluir a experiência na próxima edição do Projeto Inovacâmara, a Jornada de Inovação Administrativa da Câmara Municipal de Porto Alegre”, a ser retomada em 2023.”